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Margarida de Chaves
Nasceu em 1530, em Ponta Delgada
Vida religiosa

Desde cedo mostrou grande inclinação para a vida religiosa, passando longas horas em contemplação na igreja e seguindo uma vida austera e pautada por rigorosa observância religiosa. Com isto foi ganhando fama de santidade, a qual foi crescendo em resultado da sua doença e da sua morte ter sido rodeada de grande aparato religioso. Em pouco tempo foram atribuídos diversos milagres à sua intercessão, tendo o bispo de Angra D. Pedro de Castilho mandado fazer uma investigação do caso, da qual resultou um sumário, datado de 27 de Março de 1586, enviado a Roma com vista à sua canonização.

Múltiplos

milagres

A sua sepultura foi aberta e dela foram retiradas relíquias a que se atribuíram múltiplos milagres, a maior parte envolvendo curas inexplicadas através da ingestão de água que contactara com a relíquia. No seu processo de canonização, ficou célebre a persistência do seu filho Gonçalo Correia de Sousa, de quem D. Francisco Manuel de Melo, no capítulo dedicado a Remoques perigosos e impertinências da sua Carta de Guia de Casados, conta que agia com exquesita importunação junto do cardeal a quem o papa Paulo V tinha encarregue do caso da venerável Margarida de Chaves. Depois de muito pressionado, e não conseguindo evitar novo encontro com o requerente, o cardeal terá exclamado em exasperação: Senhor, não nos cansemos em provas de santidade de vossa mãe; provai somente que vos sofreu, que o papa a declarará logo por santa.
Fotografia do relicário e cúbito do braço direito da Venerável Margarida de Chaves

A mais completa

biografia

Margarida de Chaves teve Gaspar Frutuoso por confessor, que lhe dedicou o Capítulo XCV do Livro IV das Saudades da Terra mas a sua biografia mais completa é a obra intitulada A Margarita Animada, da autoria de Francisco Afonso de Chaves e Melo, descendente de uma sua irmã.

8 de setembro, 1965

a Capela

A Ermida de Santa Margarida Mártir foi instituída a 25 de setembro de 1645 e consagrada a 8 de setembro de 1658. A invocação de Santa Margarida Mártir foi provisória até à obtenção da bula de beatificação, momento a partir do qual a Capela passou a ser de invocação a Santa Margarida de Chaves (o que só aconteceria 100 anos após a morte de Margarida de Chaves).
Ermida de Santa Margarida Mártir